Aquecimento ártico pode fazer mar subir 1,6 metro neste século

Novo estudo indica derretimento recorde e calor mais intenso dos últimos 2.000 anos

DA FRANCE PRESSE
- Folha de SP

O aquecimento do Ártico, a uma velocidade duas vezes maior do que a média global, deverá elevar o nível do oceano em até 1,6 metro em 2100, ampliando as estimativas feitas pelos cientistas alguns anos atrás, diz um estudo divulgado nesta terça-feira.

 
O derretimento do gelo e da neve tem sido responsável por 40% do recente aumento do nível do oceano e deve causar um impacto ainda maior no futuro, de acordo com o Amap (Projeto de Monitoramento e Avaliação do Ártico, sediado em Oslo.)

 
"O nível global dos oceanos tem previsão de aumento entre 0,9 m e 1,6 m até 2100. O derretimento das geleiras do Ártico e das calotas de gelo da Groenlândia darão uma contribuição substancial para isso", diz o artigo.

 
Mesmo tratando-se de um evento relativamente lento, ele deve trazer consequências devastadoras para as cidades costeiras, principalmente as densamente povoadas e de localização mais baixa, como algumas regiões de Bangladesh, Vietnã e China.

 
No começo de 2007, o IPCC (painel do clima da ONU) previu que os oceanos iriam se elevar entre 18 e 59 centímetros até o final do século.

 
Contudo, o estudo não havia incluído o potencial do impacto do derretimento, especialmente vindo da Groenlândia. Sozinha, ela contém água congelada suficiente para elevar o oceano em no mínimo cinco metros.

 
O estudo mostra que os últimos seis anos foram os mais quentes já registrados no Ártico. Nos últimos verões, as temperaturas ali foram as mais elevadas em 2.000 anos.

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