Bioplástico não é assim tão verde

Mas ainda é mais ecoamigável que petróleo

Planeta Sustentável

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, revela que bioplásticos não são necessariamente mais verdes do que aqueles produzidos com petróleo, se forem levados em consideração pesticidas e fertilizantes sintéticos envolvidos em sua produção. Quando se considera a extensão de terra nececessária para produzir colheitas que resultarão em bioplásticos, o plástico de petróleo aparece na frente. Mas os bioplásticos batem o petróleo quando se levam em conta fatores como biodegradabilidade, baixa toxicidade e o uso de fontes renováveis.  

O estudo examinou doze plásticos, sete baseados em petróleo, quatro biopolímeros e um híbrido. Foi feita uma avaliação do ciclo de vida de produção de cada um deles. Segundo o blog Eco Geeks, já que o estudo é baseado em métodos de produção correntes, "melhores práticas de produção podem melhorar o ranking relativo dos bioplásticos". O blog enfatiza que os resultados do estudo "não devem ser usados para criticar os bioplásticos e dar argumentos aos negacionistas que dizem que o petróleo deve continuar a ser usado". O Eco Geek sugere que produtores de plásticos baseados em petróleo e bioplásticos devem olhar o estudo "para poderem identificar quais os aspectos mais daninhos de seus métodos e reduzirem seus impactos ambientais".

Mas pesquisadores já estudam o desenvolvimento de bioplásticos mais verdes que os atuais, informa o Triple Pundit. A empresa japonesa de eletrônica NEC anunciou em agosto último ter desenvolvido bioplástico de plantas não comestíveis. Os principais ingredientes do bioplástico são celulose, principal componente dos troncos das plantas, e cardanol, um material oleoso de cascas de noz, e um subproduto de seu processamento. Ou seja, ele é feito de resíduos agrícolas. A NEC vai continuar desenvolvendo o produto para usá-lo em aparelhos eletrônicos a partir de 2013.

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